Casa Ilha da Madeira

Os Grupos Folclóricos da Casa Ilha da Madeira de São Paulo

A Imigração No dia 17 de Outubro de 1967, um grupo de madeirenses, no qual lideravam o Sr. Jaime de Nóbrega e João da Cruz Nóbrega Correia, e alguns simpatizantes, se reuniram na Rua Mauá, 836 para fundar o natal, através dos Bailados e das músicas que o Grupo folclórico abrilhantavam em apresentações, já naquele ano participou de grandes festivais de folclore como o da Caravela da Saudade no ginásio do Ibirapuera e outros, e também nas quermesses da Igreja N.Sra. de Fátima no Imirim, local onde se concentravam muitos madeirenses.

Dois entusiastas pelo folclore da Madeira, o Senhor Jaime de Nóbrega e o Sr. João da Cruz, tomaram cada um a iniciativa de formar um Grupo Folclórico, reunindo jovens madeirenses dispostos a dançar e se apresentar em público. O interessante é que essa iniciativa, tomada em paralelo por estes senhores, resultou num encontro entre os dois grupos, que dessa forma pôde contar com oito casais de dançarinos. Ensaiados pelo Sr. João da Cruz, que tocava, cantava e fazia a coreografia, utilizando-se da sua própria casa à Rua Paula Souza, o Grupo apresentava-se em quermesses, festas e em programas de Rádio e TV dirigidos à colônia portuguesa, tais como o Programa Caravela da Saudade. Numa dessas apresentações, no parque Ibirapuera, o Grupo foi premiado, valendo-lhe um reconhecimento público.

Com a projeção do Grupo Folclórico, tornou-se premente a necessidade de um local próprio para os ensaios e guarda dos instrumentos e roupas para as apresentações. Foi assim que em outubro de 1967, por iniciativa do Sr. Jaime de Nóbrega e do Sr. João da Cruz, apoiados por amigos tais como o Marcelinho, o Baratinha e o Teodoro, fundaram a Sociedade Amigos Casa da Madeira, e deram início as apresentações regulares sob orientação o Sr. João da Cruz , diretor de folclore e ensaiador.

Grupo Folclórico Infanto-Juvenil

Foi formado em 1985, com o objetivo de ocupar os tempos livres dos jovens luso descendentes que frequentavam a Casa Ilha da Madeira e para resgatar as tradições do Povo Ilhéu. O cargo de coordenadora foi oferecido a Sra. Maria Vieira Sardinha Gonçalves, que iniciou um trabalho de pesquisa, confeccionando os trajes dos antepassados que viveram na ILHA DA MADEIRA nos meados do século XIX. Além da variedade de trajes temos o da florista (traje de saia listrada e corpete vermelho) e o vendedor de frutas (traje branco de linho da terra com a carapuça), mundialmente conhecidos.

Além das músicas e das danças, ela pesquisou os usos e costumes segundo o tipo de alimentação e os utensílios de trabalho e de lazer. A estréia se deu em Outubro de 1986 numa festa da cerveja realizada na Casa Ilha da Madeira, tendo como presidente o Comendador César Fernandes Rosa. O Grupo vem contando sempre com o apoio e incentivo das diretorias subseqüentes pela seriedade de seu trabalho em nome de Portugal e do arquipélago descoberto em 1419. No seu palmarés de apresentações incluem-se três viagens à Santa Catarina: sendo duas à "Treze Tílias" e uma à Itajaí.; houve também uma viagem ao Rio de Janeiro (Casa de Viseu).

Já se apresentaram na televisão em SP por sete vezes; nas casas co-irmãs de SP por várias vezes e em todos os locais em que são convidados a mostrar o folclore ilhéu da Região Autônoma da Madeira, que é o Jardim de Portugal. O Grupo Folclórico Infanto-Juvenil pertence à CIM que se orgulha de ser um dos poucos grupos infantis em SP; é o único que possui a sua própria tocata, formada por crianças que são assessoradas por dois "professores": Sr. José Manuel e o Sr. Gonçalves. Os instrumentos usados são: o Rajão (instrumento de 5 cordas só encontrado na Ilha da Madeira), o Braguinha (é o cavaquinho no Brasil), a Viola de Arame (conhecida como viola caipira no Brasil), a Rabeca (Violino), a Harmônica, o Brinquinho (instrumento de acompanhamento muito característico na Ilha da Madeira), as Castanholas, o Sininho (triângulo), a Flauta, a raspadeira e o Bumbo.

A forma de contatar o Grupo para apresentações é ligar para a secretaria da Casa Ilha da Madeira. Atualmente o grupo é formado por 40 elementos de várias etnias que resgatam, entendem e divulgam a maneira de ser e estar do Povo Ilhéu.

MARIA VIEIRA SARDINHA GONÇALVES (DIRETORA DO GRUPO FOLCLÓRICO)